quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

A velha bruxa

Creepypasta à pedido (na verdade um desafio) da [Ramona], adm da melhor página do FB Error404Creepypastas



Toda cidadezinha tem uma velha senhora que todos crêem firmemente que é uma bruxa. Toda cidadezinha tem um grupo de jovens destemidos e arrogantes doidos para queimar sua juventude em aventuras intrépidas e revolucionárias, só para ser o “maioral” do grupo. Bem, nessa pacata cidade não seria diferente. 

Nessa pequena cidade, todos se conheciam e todos conheciam principalmente a velha da casa das árvores secas no fim da rua. Ela morava lá desde quando todos se lembravam, ninguém sabe exatamente sua idade mas até os mais velhos se lembravam dela já idosa na época de sua infância. Todos evitavam olhar para a casa por muito tempo, e qdo passavam por perto fazem incontrolavelmente o sinal da cruz. 

Nela morava uma senhora solitária, tendo como compania apenas os corvos, as ervas daninhas e alguns gatos moribundos. Todos falavam que ela era uma bruxa e que tinha pacto com o “sete-pele” (mas sempre a procuravam secretamente para interromper uma gravidez indesejada, para conseguir o amor de um pretendente, para conseguir uma vingança, ou para ter bons agouros na próxima colheita).



A casa das árvores secas no fim da rua era o grande lugar de aventura dos jovens aventureiros. Era normal os desafios de entrar lá às escondidas e pegar alguma coisa escondido ou fazer alguma marca nas paredes já imundas da casa. E nessa noite não seria diferente.

Renata era uma jovem conhecida em toda a cidade. Ela era a mulher mais destemida que todos já viram, para o fascínio dos jovens da cidade e desespero dos seus pais. Hoje era seu aniversário de 18 anos, e como era tradição na cidade o aniversariante deveria dar um susto na velha bruxa à noite para ter uma vida de sucesso e boa fortuna. E é claro que Renata esta MUITO entusiasmada para isso. 

Ela era a pessoa que mais fora longe naquele terreno inóspito, ela foi a única que conseguiu trazer coisas DE DENTRO do segundo andar da casa e ela era admirada por suas façanhas. Ela adorava isso! Dar um susto na velha era fichinha!

Já era meia noite. Toda a galera estava reunida em volta do discreto buraco no grosso muro que cercava a casa. Único acesso livre ao terreno. Estavam todos muito animados e bêbados! A lua estava cheia, enorme e o céu muito nublado o que dava um clima perfeito para sua aventura!

Renata já tinha passado um pouco da conta na bebida, não que ela precisasse disso para dar coragem, e ela entrou sem nem olhar pra trás seguida de um suspiro de tensão de sua fiel platéia. Ela segue confiante andando como um gato no escuro do terreno que ela tão bem conhecia. Parecia que a velha bruxa estava numa tosca varanda no segundo andar. Era mais uma frágil estrutura de madeira podre que despontava torta por trás da casa.

Renata subiu silenciosamente ao segundo andar e viu pela portinhola a velha bruxa cantando alguma coisa em uma língua estranha, olhando para a lua. Por algum momento ficou encantada com a lua, ela parecia mais brilhante, maior, e um tanto assustadora, dali de onde estava. Passado alguns segundos Renata começa a observar ao seu redor o que poderia usar para dar um cagasso na anciã. Ao seu redor tinha vários armários velhos com gavetas escancaradas e várias ervas, pedaços de bichos, e potes com conteúdo desconhecidos. Ela viu 3 potes ornamentados com uns símbolos que achou ser perfeito para a peça.



Pé-ante-pé Renata vai até a estante atrás da bruxa, que parecia estar em transe profundo e tentou pegar um dos potes, contudo era muito mais pesado que imaginara ela se desequilibrou e caiu pra trás derrubando o pote aos pés da velha.

O pote se quebrou e revelou que estava repleto de vermes e insetos. A sua maioria várias espécies de baratas que começaram a subir rapidamente pelo corpo da velha bruxa que se assustou e correu em direção à Renata, que estava com os instintos à flor da pele.

A bruxa em investida não foi tão rápida, Renata num rápido giro correu para a porta. A velha bateu no armário com os potes e com o baque caiu sobre seus corpo causando uma reação em cadeia. Tudo estava vindo ao chão virando uma grande bagunça. 

A velha bruxa estava presa debaixo do pesado armário coberta de insetos, vermes e baratas dos potes quebrados. Ela olhou pra jovem e pediu ajuda. Renata, que secretamente tem um profundo pavor por baratas, ficou imóvel, pálida, paralisada pelo medo, com olhar perdido. A velha que ao ver que a jovem não faria nada simplesmente olhou fixamente em seus olhos sussurrando alguma coisa.

Quando Renata conseguiu voltar à si e correu para tentar ajudar à velha, mas a laje de madeira cedeu e veio ao chão. Renata quase não consegue pular de volta pra segurança de dentro da casa. 

Um grande estrondo assusta aos jovens reunidos fora dos muros da casa, todos saem correndo assustados para suas casas ou para longe daquele lugar maldito, os vizinhos acordam e as luzes das casas próximas começam a se acender. Não demoraria muito até as autoridades chegarem.

Renata corre desesperada com a adrenalina queimando em seu corpo de volta para casa. Somente quando chegou em casa e que deitou um pouco se deu conta do que tinha acontecido. Ela chora desesperadamente, como falar para alguém do ocorrido? como falar que ela matou alguém? As visões da velha bruxa coberta por baratas arrepiava seu corpo, e habitou seus sonhos durante 3 dias.

Renata não era mais a mesma, nos dias seguintes se isolou, ficava sempre no seu quarto e não aceitava mais as visitas de seus amigos. Ninguém tocava no assunto. Ela não conseguia esquecer do rosto da velha bruxa perfurando com aquele olhar frio, sussurrando maldiçoes antes de morrer.


Naquela noite, não bastando todo esse terror, apareceram duas baratas enormes no seu quarto. Renata em pânico corre pela cara gritando pelo pai para dar cabo delas e com medo de voltar pro quarto desce para a sala de TV, talvez se jogar um pouco de vídeo game ela conseguia esquecer um pouco isso tudo, depois de um tempo ela já estava mais calma quando passa pela TV outra barata enorme e fica ali parada bem no meio, como se quisesse ser vista. Novo pânico, muito inseticida essa seria uma noite em claro pelo visto. A casa deveria ser detetizada de novo!!

O dia raia e Renata está exausta, não conseguiu pregar os olhos a noite inteira com medo daquelas criaturas rastejantes. Aliviada por ser dia ela sobe para o quarto e tenta pelo menos cochilar. Pesadelos muito reais onde seu quarto era invadido por baratas de todos os tipo, seu corpo era envolto por inseto tal qual a velha bruxa, que estava ali no pé da sua cama. Renata pedia por ajuda e a velha apenas observava sem nenhuma emoção no rosto.

Acorda suada e com medo, e ela tem a impressão de ter visto uma barata correndo pra baixo do guarda roupa. Desespero toma conta de sua mente. Ela tem medo de sair da cama de entrar no banheiro de abrir o guarda roupas. 

Durante todo o dia Renata vê pela visão periférica rapidamente baratas em todos os lugares em que ela está, sempre se escondendo quando se olhava diretamente. Até que a noite chegou novamente. Ela está exausta e tensa. Completamente paranóica. Sua mãe preocupada sugere que ela tome um comprimido para ajudar dormir. Toma 3 e rapidamente está groge na cama se entregando ao cansaço. Agradecida por ter uma noite de sono.

É meia noite e Renata acorda com um barulhinho bem baixinho que ecoa por todo o quarto. Ela fica alguns segundos recobrando os sentidos, prestando atenção ao som e para o seu horror ela reconhece. É barulho de insetos andando, voando... Barulhos de baratas!! Elas estão por toda a parte! 

Renata numa atitude infantil apenas se encolhe, fecha os olhos e se esconde debaixo das cobertas. Alguns segundos após ela sente uma movimentação, elas estão na sua cama, estão andando em mim! Ela se levanta num pulo desesperado e dá de cara com a velha bruxa ao pé da sua cama. Coberta de insetos. Olhando diretamente para ela sem nenhuma emoção no rosto. Os olhos opacos, pele pálida, broca roxa. A velha abre a boca e dela sai uma nuvem de baratas voadoras que tomam conta do quarto.

Renata num súbito mais de desespero que coragem corre em direção à porta pisando descalça naquele tapete vivo, escorrega e cai. Ela se vira pra velha chorando e grita por ajuda. Não há resposta apenas aquele olhar morto.

Renata tenta se levantar desesperada mas quanto mais tenta mais escorrega e vai ao chão. Já toda suja de insetos esmagados ela vê que aquela invasão do quarto está subindo em seu corpo. Ela grita mas é sufocada. As baratas entram pela sua boca, nariz, ouvido. Invadem sua vagina e se anus. Ela sente o profundo asco dos insetos invadindo o interior do seu corpo, descendo pela sua garganta, subindo em seu ventre. Ela sente pequenas mas dolorosas mordidas suas vísceras. Atônita e já sem forças ela apenas olha para a velha bruxa tentando se manter viva, os insetos cobre totalmente seu corpo ela não vê mais nada, não sente mais nada.


Os pais de Renata ouviram uma certa agitação no quarto e preocupados correm para ver o que estava acontecendo, mas a porta está emperrada eles não conseguem abrir. O pai tenta com todas as forças chutar a porta e arrombá-la sem sucesso. Quando perde as forças e já está saindo para procurar ajudar a porta simplesmente abre sozinha. Eles correm parar dentro e vêem o quarto completamente normal porem vazio, sem nenhum sinal de Renata. Eles apenas vêem um barata correndo para baixo do guarda roupas.

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